PÓS - PRESIDÊNCIA ( 1993-2009)

Collor durante campanha ao Senado, em 2006.
Collor foi sucedido pelo vice-presidente Itamar Franco que exercia o cargo interinamente desde o afastamento em 2 de outubro. Em entrevista coletiva, Collor, declarou que o ato, a tentativa de renúncia, se devia ao apreço pela democracia, ameaçada, segundo ele, por uma "elite política avessa a necessidade de modernização do país" e de poderio tão avassalador que teria levado Getúlio Vargas ao suicídio em 1954 e Jânio Quadros à renúncia em 1961.
Depois ingressou no Superior Tribunal de Justiça visando reaver os direitos políticos, preservados, conforme disse, pelo fato de que sua renúncia ocorreu antes de aberta a sessão que decidiu pela condenação, mas em dezembro de 1993 o STJ manteve-o inelegível e inapto ao exercício de cargos e funções públicas por entender que a renúncia apresentada à undécima hora não passou de um "ardil jurídico". Entretanto em julgamento realizado um ano depois o Supremo Tribunal Federal arquivou o processo contra Collor e Paulo César Farias,[3] acusados do crime de corrupção passiva (placar de 5 a 3). Uma semana após essa decisão o ex-presidente recebia a notícia da morte do irmão Pedro Collor em 19 de dezembro de 1994, vítima de câncer no cérebro, tragédia que seria seguida de outra notícia infausta: o falecimento da mãe, dona Leda Collor de Mello, em São Paulo vítima de broncopneumonia em 25 de fevereiro de 1995, ela que havia sido internada durante o curso dos eventos que redundaram no afastamento do então presidente.
Seis meses depois Collor mudou-se para Miami, onde permaneceu até 1998 quando retornou ao Brasil. Nesse ínterim um outro episódio rumoroso envolveu outro personagem do governo: em 23 de junho de 1996 o ex-tesoureiro de campanha, Paulo César Farias, foi encontrado morto em Maceió ao lado da então namorada Susana Marcolino. O caso foi cercado de controvérsias e recebeu maciça cobertura midiática. Apesar das dúvidas, inconsistências e teorias conspiratórias, o laudo pericial divulgado pelas autoridades locais o declarou vítima de crime passional cometido pela namorada, que a seguir teria cometido suicídio.
Mesmo após ter sido negado pelo STF um novo recurso no qual pleiteava a recuperação dos direitos políticos, retornou ao Brasil e após algum tempo ensaiando um retorno à política escolheu a São Paulo como domicílio eleitoral e filiou-se ao inexpressivo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) pelo qual tentou uma candidatura a prefeito, pretensão infrutífera devido ao fato de que a suspensão dos direitos políticos perduraria até depois da eleição.
Fernando Collor em sua posse no Senado (2007).
De volta a Alagoas disputou o governo do estado em 2002 sendo derrotado em primeiro turno pelo governador Ronaldo Lessa, reeleito pelo PSB.
Quatro anos mais tarde foi eleito senador por Alagoas, tendo derrotado Lessa. Assim conquistou um mandato de oito anos iniciado em 1 de fevereiro de 2007, ocupando uma cadeira que já pertenceu a outros políticos alagoanos como Teotônio Vilela, Guilherme Palmeira e Heloísa Helena (candidata à Presidência em 2008 pelo PSOL).
Desde o retorno ao Brasil, Collor tem feito declarações de apoio a Lula, postura que manteve inclusive após a imensa crise política que se abateu sobre o governo do petista. Perguntado a respeito Collor respondeu que só mudaria o voto diante de provas irrefutáveis da conivência de Lula com o escândalo.
No dia seguinte à posse como senador deixou o PRTB e ingressou no PTB a convite de Roberto Jefferson, ex-deputado federal e atual presidente da legenda, um dos poucos parlamentares que lhe prestaram fidelidade durante o processo que redundou no afastamento.
No dia 8 de Junho de 2007 recebeu o título de cidadão da Paraíba, outorgado pela Assembleia Legislativa do Estado.
No dia 4 de março de 2009, Collor se tornou o presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal.
No dia 2 de setembro de 2009 foi eleito membro da Academia Alagoana de Letras para ocupar a cadeira de número 20, deixada pelo médico Ib Gatto Falcão, morto no ano passado. Collor recebeu 22 dos 30 votos. A votação foi secreta. Oito acadêmicos votaram em branco.

[editar] Governo Collor

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