INÍCIO DO GOVERNO FHC

O Governo FHC inicia com a posse como presidente de Fernando Henrique Cardoso, em 1 de Janeiro de 1995. O período termina em 1 de Janeiro de 2003, quando assume Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente do Brasil.
Fernando Henrique Cardoso conquistou a Presidência da República, e foi presidente por dois mandatos (de 1995 a 1998 e de 1999 a 2002). Nesse período, alguns parlamentares que haviam se mantido no PMDB, ou mesmo em outros partidos, mas que haviam sido do antigo MDB ou se encaixavam no perfil socialdemocrata entraram no partido, como o deputado Alberto Goldman.
A política de estabilidade e da continuidade do Plano Real foi a principal bandeira da campanha eleitoral de 1998 para a reeleição de FHC. Ele foi reeleito já no primeiro turno. Seguindo as recomendações do Consenso de Washington, correram inúmeras privatizações e modernização de sistemas estatais, contestadas por seus adversários.
Ao longo de seu mandato presidencial a economia brasileira[1] se manteve estável, em consequência do controle da inflação conseguido com o Plano Real (1995-1999).
Defensores do ex-presidente atribuem o crescimento mínimo a diversos fatores, que variam desde às inúmeras crises internacionais que ocorreram durante seu governo, como a crise do México em 1995, a crise asiática em 1997-98, a crise russa em 1998-99 e, em 2001, a crise argentina, os atentados terroristas nos EUA em 11 de setembro, a falsificação de balanços da Enron/Arthur Andersen, além de, no próprio Brasil, o apagão. Em 2002, a própria eleição presidencial no Brasil, em que se previa a vitória de Lula, causou mais uma vez a fuga de hot-money, elevando o preço do dólar a quase R$ 4,00, devido ao medo do mercado financeiro em aplicar em um país prestes a ser governado por um personagem de passado de esquerda radical.
Mas o fato concreto é que, tendo Fernando Henqique Cardoso liberalizado, por sugestão do FMI, o fluxo de capitais externos especulativos de curto prazo no Brasil (hot-money) - que supostamente inundariam nosso país, nos trazendo riqueza e prosperidade, exatamente o oposto do desejado se deu: a cada imprevisto que surgia do outro lado do mundo, fosse ele problemas na Rússia, crises na Malásia, a economia brasileira sofria uma retirada abrupta desses capitais internacionais especulativos (hot-money), o que obrigava FHC a pedir socorro ao FMI, o que fez três vezes. [2]
As principais marcas positivas do governo FHC foram a continuidade do Plano Real, iniciado no governo Itamar Franco, o fim da hiperinflação, que, antes de seu governo, chegava a mais de 2500% ao ano, a estabilidade monetária, e a criação de programas sociais pioneiros, como o bolsa-escola, o vale-gás e o bolsa-alimentação (mais tarde reunidos em um só programa - Bolsa Família - pelo seu sucessor), além do início de uma ampla reforma do Estado, com a implementação, por exemplo, da Advocacia Geral da União, da Lei de Responsabilidade Fiscal e do Ministério da Defesa e a implantação do PROER - programa de restruturação do sistema financeiro brasileiro - concentrando e transformando os bancos brasileiros em instituições fortemente fiscalizadas.
Conseguiu a aprovação de uma emenda constitucional que criou a reeleição para os cargos executivos em todos os níveis, tornando-se o primeiro presidente brasileiro a ser reeleito no Brasil. Foi acusado, por seus adversários, de comprar os votos de Deputados para a aprovação de sua reeleição; dois dos deputados acusados, após serem investigados pelo Comisssão de Constituição e Justiça, se viram obrigados a renunciar para evitar a cassação de seus mandatos.[3]
Tendo formado uma base de sustentação coesa, principalmente através do apoio total do PFL e de parte do PMDB, FHC manteve uma relativa estabilidade política neste período.

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