A EMENDA DA REELEIÇÃO DE FHC

Em maio de 1997 grampos telefônicos publicados pela Folha de S. Paulo revelaram conversas entre o então deputado Ronivon Santiago e outra voz identificada no jornal como Senhor X. Nas conversas, Ronivon Santiago afirma que ele e mais quatro deputados receberam 200 mil reais para votar a favor da reeleição, pagos pelo então governador do Acre, Orleir Cameli[3]
A oposição ao governo, liderada pelo PT, baseada em gravações de conversas telefonicas divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo que demonstravam como quatro deputados federais venderam seus votos por US 200 mil cada,[3] passou a acusar pessoalmente Fernando Henrique Cardoso, o principal beneficiário e defensor da emenda de re-eleição, de ter comprado os votos dos deputados. Esse, por sua vez, se defendeu alegando que vários foram os beneficiados pela emenda, uma vez que governadores e prefeitos também poderiam ser reeleitos.
O episódio foi investigado na época pela Comissão de Constituição e Justiça - numa investigação que durou poucas horas - e mais tarde foi abordada pela CPI do Mensalão e, em ambas as circunstâncias, não se conseguiu comprovar a efetiva compra de votos diretamente por FHC. Havia o interesse de diversos governadores e prefeitos na emenda constitucional.
Após a investigação da CCJ os deputados Ronivon Santiago e João Maia renunciaram a seus mandatos, para evitar sua cassação.

[editar] Aumento da dívida pública do FMI

Quando Fernando Henrique Cardoso assumiu a Presidência da República, a dívida pública federal interna e externa somavam cerca de R$ 153 bilhões e as dívidas de estados e municípios permaneciam descontrolados.[carece de fontes?]
No seu governo, a dívida pública do Brasil, que era de US$ 60 bilhões em julho de 1994, saltou para US$ 245 bilhões em novembro de 2002,[4] Com as privatizacões de empresas estatais conseguiu gerar para o Tesouro Nacional uma receita de US$ 78,61 bilhões, sendo 95% em moeda corrente).
Até então o governo federal não tinha mecanismos para medir o endividamento total do país. Como medida de contingênciamento para a implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo tomou para si as dívidas públicas estaduais e municipais (o que, obviamente, gerou o aumento nominal da dívida pública federal), se tornando credor dos estados e municípios altamente endividados. Com essa medida (Lei de Responsabilidade Fiscal), impediu que os prefeitos e governadores endividassem novamente os estados e municípios além da capacidade de pagamento. Ao final dos oito anos de mandato, o Estado passa a ter um controle muito mais elaborado das dívidas dos governos federal, estadual e municipal.

[editar] Início da expansão econômica

Nesse período o país começava a viver uma expansão econômica, depois de sofrer os efeitos de várias crises internacionais nos anos anteriores. A expansão econômica embrionária, no entanto, trouxe efeitos colaterais sérios, gerados pela ausência de investimento e planejamento em produção de energia no Brasil, que não se organizara para seu crescimento.
Agravada por um longo período de falta de chuvas, tornou-se evidente a falta de previsão e de planejamento no setor de energia elétrica.
Enquanto a energia sobrava em alguns estados, onde chovia muito, como no Rio Grande do Sul, faltava em outros onde não chovia e não havia linhas de transmissão com capacidade suficiente para transferir as cargas e para equilibrar o sistema.
O desequilíbrio entre a capacidade de produção, e sobretudo de distribuição, de energia elétrica e a demanda tornou necessário um racionamento de energia, que atingiu diversas regiões do Brasil, principalmente a Região Sudeste do Brasil, que ficou conhecido como o "apagão".

[editar] Visão atual do governo FHC

As opiniões a respeito do Governo FHC são divergentes: seus opositores o acusam de corrupção com base em escândalos como o suposto favorecimento de alguns grupos econômicos (a pessoa jurídica de Daniel Valente Dantas é o exemplo mais escandaloso) nas privatizações e por ter vendido cinco dúzias de empresas estatais a pretexto de pagar a dívida externa, e enquanto fazia isso no seu governo a dívida externa se multiplicou por cinco, e pela compra de votos de parlamentares no Congresso Nacional para aprovar a Emenda da Reeleição,[4] da qual Fernando Henrique Cardoso foi defensor e beneficiário - embora o envolvimento direto do presidente, ou de pessoas diretamente ligadas a ele, nunca tenha sido comprovado.
Já seus defensores afirmam que o governo FHC teve pulso firme para impedir que o Brasil quebrasse, como aconteceu com a Argentina, e que estabilizou a economia, derrotou a inflação e melhorou áreas de infra-estrutura do país com as privatizações, em especial as telecomunicações, que recebeu investimentos de aproximadamente 135 bilhões de reais e se modernizou rapidamente nas mãos da iniciativa privada.
Os opositores de FHC alegam que o Brasil não quebrou, mas estagnou-se e que a Argentina, embora tenha "quebrado" (pediu moratória), desde sua quebra vê seu PIB crescendo a altas taxas, desde 2003, porém com inflação também em alta.

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