CARLOS LACERDA O TEMÍVEL


CARLOS LACERDA - CONHECIDO COMO O DERRUBA PRESIDENTES

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Carlos Frederico Werneck de Lacerda (Rio de Janeiro, 30 de abril de 1914 — Rio de Janeiro, 21 de maio de 1977) foi um jornalista e político brasileiro. Foi membro da União Democrática Nacional (UDN), vereador (1945), deputado federal (1947–55) e governador do estado da Guanabara (1960–65). Fundador em 1949 e proprietário do jornal Tribuna da Imprensa e criador, em 1965, da editora Nova Fronteira.

Índice

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[editar] Origens

Filho do político, tribuno e escritor Maurício de Lacerda (18881959) e de Olga Caminhoá Werneck (18921979), era neto paterno do ministro do Supremo Tribunal Federal Sebastião Lacerda. Pela família materna, era bisneto do botânico Joaquim Monteiro Caminhoá e descendente direto do barão do Ribeirão e de Inácio de Sousa Vernek, cuja família tinha importante influência política e econômica na região. Seus pais eram primos, descendentes em linhas afastadas de Francisco Rodrigues Alves, o primeiro sesmeiro da cidade de Vassouras. Por outro lado, embora tivesse sobrenome parecido como o do barão de Pati do Alferes, o seu sobrenome Lacerda origina-se de seu bisavô, um pobre confeiteiro português que se estabeleceu em Vassouras[1] e se casou com uma descendente de Francisco Rodrigues Alves (estes serão os pais de seu avô paterno, Sebastião Lacerda).
Nasceu no Rio de Janeiro, mas foi registrado como tendo nascido em Vassouras, cidade onde seu avô residia e seu pai tinha grandes interesses políticos[1]. Recebeu o nome de Carlos Frederico como homenagem aos pensadores políticos Karl Marx e Friedrich Engels.
Ingressou em 1929 no curso de Ciências Jurídicas e Sociais da então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Durante seu período acadêmico, destacou-se como orador e participou ativamente do movimento estudantil de esquerda no Centro Acadêmico Cândido de Oliveira. Devido ao grande envolvimento em atividades políticas, abandonou o curso em 1932.
Tornou-se militante comunista, seguindo os passos de seu pai, Maurício de Lacerda, e do seu tio Paulo Lacerda, antigos militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Sua primeira ação contra o governo de Getúlio Vargas implantado com a revolução de 1930, deu-se em janeiro de 1931, quando planejou, junto com outros comunistas, incentivar marchas de desempregados no Rio de Janeiro e em Santos durante as quais ocorreriam ataques a lojas comerciais . A conspiração comunista foi descoberta e desbaratada pela polícia liderada por João Batista Luzardo, o que até virou notícia no jornal americano The New York Times.
Em março de 1934, leu o manifesto de lançamento oficial da Aliança Nacional Libertadora (ANL) em uma solenidade no Rio de Janeiro à qual compareceram milhares de pessoas.
Capa do livro "O Quilombo de Manuel Congo" escrito por Carlos Lacerda usando o pseudônimo Marcos (ano 1935).
No ano seguinte, publicou com o pseudônimo de Marcos, um livreto contando a história do quilombo de Manuel Congo. Apesar do seu viés de propaganda comunista juvenil, o livreto resultou da primeira pesquisa histórica feita sobre um assunto que tinha sido quase esquecido.
Quando ocorreu o fracasso da Intentona Comunista de 1935, teve que se esconder na velha chácara da família em Comércio (atual Sebastião Lacerda, Vassouras) e ser protegido pela família influente.
Rompeu com o movimento comunista em 1939 dizendo considerar que tal doutrina "levaria a uma ditadura, pior do que as outras, porque muito mais organizada, e, portanto, muito mais difícil de derrubar". A partir de então, como político e escritor, consagrou-se como um dos maiores porta-vozes das ideologias conservadora e direitista no país, e grande adversário de Getúlio Vargas, e dos movimentos políticos Trabalhista e Comunista.

[editar] O anti-Getúlio

Inimigo político de Getúlio Vargas, Carlos Lacerda foi o grande coordenador da oposição à campanha de Getúlio à presidência em 1950, e durante todo o mandato constitucional do presidente, até agosto de 1954. Uniu-se a militares golpistas e aos partidos oposicionistas (principalmente a UDN) num esforço conjunto para derrubar o presidente Vargas, através de acusações que publicava em seu jornal, Tribuna da Imprensa.
Lacerda foi vítima de atentado a bala na porta do prédio onde residia, em 5 de agosto de 1954, quando voltava de uma palestra no Colégio São José, no bairro da Tijuca. No atentado morreu o major da Aeronáutica Rubens Vaz, membro de um grupo de jovens oficiais que se dispuseram a acompanhá-lo e protegê-lo das ameaças que vinha sofrendo. Atingido de raspão em um dos pés, Lacerda foi socorrido e medicado em um hospital. Lá mesmo acusou os homens do Palácio do Catete como mandantes do crime.
A pressão midiática e a comoção pública com a morte do major Rubens Vaz obrigaram o governo a instaurar um IPM (Inquérito Policial Militar) para investigar o atentado. Rapidamente, os militares ligados a Lacerda fizeram do inquérito o palco perfeito para fomentar ainda mais a crise. Uma série de investigações levou à prisão dos autores do crime, que confessaram o envolvimento do chefe da guarda pessoal de Vargas, Gregório Fortunato e do irmão do presidente, Benjamim Vargas.
Com a conclusão do IPM (chamado na imprensa de "República do Galeão"), instaurado pelo Brigadeiro Nero Moura, Ministro da Aeronáutica, o presidente do Inquérito, indicado pelo Ministro, Coronel João Adil de Oliveira, informou, em audiência com o presidente Vargas, que havia a existência de indícios sólidos sobre a participação de membros da Guarda no atentado.
Dezenove dias depois, com o agravamento da crise política e o ultimato das Forças Armadas pela sua renúncia, Getúlio Vargas suicidou-se em 24 de agosto. O suicídio reverteu a opinião pública e provocou uma imensa onda de comoção e revolta. Isso obrigou Lacerda e parte de seu grupo a deixar o país. À época, milhares de revoltosos tomaram as ruas, empastelando jornais ligados à oposição e empresas americanas.

[editar] Lacerda e a posse de Juscelino

Lacerda participou ainda de nova tentativa de golpe de estado, em 1955, quando uniu-se aos militares e à direita udenista para impedir a eleição e a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek e de seu vice-presidente, João Goulart.
As manobras golpistas começaram já no período eleitoral, quando ocorreu o episódio da Carta Brandi, uma notícia falsa plantada pelos opositores no jornal de Lacerda, envolvendo João Goulart num pretenso contrabando de armas da Argentina para o Brasil.
Depois de eleito Juscelino, Carlos Luz, presidente interino à época, aliado aos militares e a Carlos Lacerda, tramaram um novo golpe, mas foram impedidos pelo General Teixeira Lott, da ala legalista do Exército. Durante anos o episódio ficou conhecido como o golpe de Lott, principalmente pela ação da mídia conservadora. Hoje se sabe que os golpistas eram os militares direitistas, associados a Lacerda e Carlos Luz.
Vencido na tentativa de golpe, Lacerda partiu para um exílio breve em Cuba, que ainda era uma ditadura conservadora, nas mãos do general Fulgêncio Batista, antes da revolução cubana.
Voltou em seguida para reassumir sua cadeira de deputado, e continuar a oposição a Juscelino Kubitschek, atacando, entre outras coisas, a construção de Brasília.
Juscelino não permitiu jamais o acesso de Carlos Lacerda à Televisão. Juscelino confessou a Lacerda, no encontro de Lisboa, em 1966, que se deixasse Lacerda falar na televisão, Lacerda o teria derrubado do governo.

[editar] O derruba-presidentes

Em 1961, fez um discurso atacando, pela televisão, o Presidente Jânio Quadros, antigo aliado. Posteriori a renúncia deste ocorreu em 25 de agosto.
Com a transferência da capital para Brasília, candidatou-se ao governo do recém-criado estado da Guanabara. Apesar do grande favoritismo inicial, Lacerda foi eleito por pequena margem, tendo sido ajudado pela divisão de votos populares que ocorreu com a candidatura de Tenório Cavalcanti ao mesmo cargo[1].
O seu governo do antigo estado da Guanabara destacou-se pela construção de grandes obras que mostraram suas habilidades de administrador e consolidaram a simpatia da classe-média. Seu Secretário de Obras foi o eminente engenheiro civil e sanitarista Enaldo Cravo Peixoto. Construiu a estação de tratamento de água do Guandu (até hoje a maior do país) e um sistema de distribuição que resolveram um centenário problema de abastecimento (a falta de água era crônica e inspirava marchinhas de carnaval como "Rio de Janeiro, /cidade que nos seduz, / de dia falta água, / de noite falta luz" - Sucesso de Vitor Simon e Fernando Martins, do Carnaval de 1954). Construiu túneis importantes para o trânsito de veículos, como o Santa Bárbara e o Rebouças, ligando a Zona Norte à Zona Sul da Cidade do Rio de Janeiro. Terminou a construção e reurbanização do aterro do Flamengo. Removeu favelas de bairros da zona sul e Maracanã, criando o parque da Catacumba, o campus da UEG (atual UERJ), e instalando seus antigos habitantes em conjuntos habitacionais afastados como Cidade de Deus e Vila Kennedy. Construiu inúmeras escolas e manteve um alto padrão de qualidade dos hospitais públicos.
Durante seu governo, descobriu-se[carece de fontes?] que policiais assassinavam os mendigos que perambulavam pela cidade e jogavam seus corpos no rio da Guarda, afluente do rio Guandu. O governo de Carlos Lacerda foi acusado pela imprensa de oposição de ter dado instruções aos policiais para que realizassem estes assassinatos. Lacerda demitiu o Secretário de Segurança e o envolvimento dos escalões superiores do governo nestes fatos nunca foi provado.
Foi um dos líderes civis do golpe militar de 1964, porém se voltou contra ele em 1966, com a prorrogação do mandato do presidente Castelo Branco. Segundo ele, a prorrogação do mandato de Castelo Branco levaria à consolidação do governo revolucionário numa ditadura militar permanente no Brasil, o que realmente aconteceu. Muitos[quem?] acreditam que a sua oposição à prorrogação devia-se ao fato de já se haver lançado como candidato a Presidente da República em 1965. Confiava no sucesso do governo que tinha realizado no estado da Guanabara para enfrentar o candidato de oposição Juscelino Kubitscheck.

[editar] A desilusão com 1964 e a cassação

Foi cassado em 1968 pelo regime militar.
Em novembro de 1966, lançou a Frente Ampla, movimento de resistência ao golpe militar de 1964, que seria liderada por ele com seus antigos opositores João Goulart e Juscelino Kubitschek.
Morreu na madrugada 21 de maio de 1977, em uma clínica particular após ter contraído uma gripe comum. Sua morte repentina levantou a suposição de que Lacerda, e os dois ex-presidentes teriam sido assassinados pelo CIE (Centro de Informaçoes do Exército) da ditadura militar, pois todos eles faleceram em datas próximas.
Em 20 de maio de 1987, através do decreto federal nº 94.353, teve restabelecidas, post mortem, as condecorações nacionais que foram retiradas e reincluído nas ordens do mérito das quais fora excluído em 1968.

O GRANDE POLÍTICO ULYSSES GUIMARÃES





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ULISSES GUIMARÃES (*06/10/1916 +12/10/1992)
RESUMO BIOGRÁFICO:

O Dr. Ulisses, um dos maiores políticos brasileiros, Ulysses Silveira Guimarães ou Ulisses Guimarães nasceu em Rio Claro-SP, no dia 06 de Outubro de 1916, filho de Ataliba Silveira Guimarães e de dona Amélia Correa Fontes foi casado com dona Ida de Almeida Guimarães e teve dois filhos, Tito Enrique e Celina Ida; Ulisses Guimarães faleceu em 12 de Outubro de 1992.
Formou-se advogado pela Universidade de São Paulo (USP), em 1940. Antes de ingressar na política, foi secretário da Federação Paulista de Futebol. Elegeu-se deputado estadual em 1947, pelo Partido Social Democrático (PSD). Três anos depois, passou a ser deputado federal, função que exerceu durante 11 mandatos consecutivos. Foi presidente do MDB e PMDB durante vários anos e seu presidente de honra. Em 1987, o parlamentar comandou a Assembléia Constituinte. Candidato à Presidência em 1989, não obteve sucesso, mas marcou a história do País. Ulisses Guimarães morreu (desapareceu) no Rio de Janeiro, em 12 de Outubro de 1992.
"...Política não se faz com ódio, pois não é função hepática. É filha da consciência, irmã do caráter, hóspede do coração. Eventualmente, pode até ser açoitada pela mesma cólera com que Jesus Cristo, o político da Paz e da Justiça, expulsou os vendilhões do Templo. Nunca com a raiva dos invejosos, maledicentes, frustrados ou ressentidos. Sejamos fiéis ao evangelho de Santo Agostinho: ódio ao pecado, amor ao pecador. Quem não se interessa pela política, não se interessa pela vida..."
Ulysses Guimarães
"Há um grande silêncio neste plenário. Há uma grande ausência nestas salas e corredores. Não obstante o silêncio e a ausência, silêncio que perturba os nossos ouvidos, ausência que fere os nossos olhos, a voz forte de Ulysses Guimarães ecoa na consciência moral deste Parlamento, de nosso povo e do nosso tempo."
Pedro Simon (Senado - 26/Nov/1992)
Ulisses Guimarães morreu (desapareceu) em 12 de outubro de 1992, num acidente de helicóptero nos mares do Rio de Janeiro. Era uma segunda-feira, feriado nacional, dia de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. O helicóptero Esquilo, prefixo PT-HMK, que transportava os casais Ulisses Guimarães e Severo Gomes caiu 30 minutos depois de levantar vôo em Angra dos Reis, litoral do Rio de Janeiro, com destino a São Paulo.
O grupo retornava de um fim de semana na casa do empresário Luís Eduardo Guinle, no condomínio Portogallo. Severo, ministro da Agricultura do governo Castelo Branco e da Indústria e do Comércio do governo Geisel, rompera em 1977 com o regime militar, em 1979 filiara-se ao MDB e tornou-se um dos grandes amigos de Ulisses.Durante várias horas a nação viveu a expectativa de que Ulisses poderia aparecer com vida. Em vão. Com lágrimas nos olhos, o presidente da Câmara dos Deputados, Ibsen Pinheiro, na terça-feira, dia 13, reconheceu a tragédia. O Congresso preparou-se para receber os restos mortais do seu mais ilustre personagem. O corpo não foi encontrado, mas a morte foi oficialmente reconhecida. O país entrou em luto.
A revista Veja de 21 de outubro de 1992 trouxe em sua capa a silhueta de Ulisses em um fundo preto com os dizeres: "Por quem os sinos dobram - Ulisses Guimarães (1916-1992)". Ulisses Guimarães, aos 76 anos, morreu em plena militância política. Não pensava em se recolher ao papel de reserva moral do país: "Estátua, não! Estátua só serve para passarinho fazer cocô em cima da cabeça." Durante a curta estada em Angra, não deu tréguas ao seu projeto de lutar por um país melhor. Ali, em longa conversa telefônica com o presidente Itamar Franco, reafirmou seu compromisso de ajudá-lo na manutenção da governabilidade. Era importante fazer com que as pressões políticas do PMDB por cargos no ministério diminuíssem. Com o amigo e companheiro Renato Archer, ainda em Angra, discutiu os rumos da campanha parlamentarista, sua última causa. Politicamente ambicioso, Ulisses admitia que adorava se reconhecido e aclamado pela população. "Adoro o poder. Tenho fascínio pelo poder", costumava dizer. Não conseguiu realizar o sonho maior de ser eleito presidente do Brasil, mas como ele próprio desejava, morreu lutando. "Eu não quero morrer de raiva, nem de mágoa, nem de doença. Eu quero morrer na luta."






Homenagem "O Berço do Herói":
Ulisses Guimarães não passará para o segundo turno, mas cada voto depositado em cada urna deste país é uma homenagem ao bravo comandante da resistência democrática, é um tributo ao patriarca da transição, é uma reverência ao homem que permitiu o encontro do Brasil consigo mesmo.
A hora revela os gigantes e revela os anões. Quando o arbítrio, a prepotência eram palavra de ordem, a figura de Ulisses Guimarães se agigantou no estado de direito, das liberdades públicas e sociais, do direito do Homem. O Moisés que não chegaria a tomar posse da terra prometida iniciava perigosa travessia do deserto da ditadura. Sua vara e seu cajado apontavam para o amanhã da plenitude democrática. Nesse tempo das nuvens negras, era o manto do profeta solitário. Chefe de uma punhado de aguerridos companheiros e companheiros entrincheirados no antigo MDB, que abrigava e protegia os perseguidos de toda sorte, os que sofriam por amor a justiça, a família dos exilados e dos desaparecidos até nos porões, já nesse tempo de ferro e de fogo
Ulisses Guimarães conheceu a traição. Traição que ronda os grandes porque é a moeda corrente dos pequenos, os trinta dinheiro dos pusilânimes Ao réptil, repugna a coluna vertebral erecta e vertical, a história reserva o limbo do esquecimento para esses, já que não têm o requisito final do amor próprio necessário para buscar a redenção, como Judas na ponta da corda. O Traidor é a própria circunstância. Desprezível em vida e na morte.
Ulisses Guimarães não passará para o segundo turno. Mas, nos dias sóbrios, lutou contra tudo e contra todos em defesa de um país civilizado. Percorreu o Brasil como um bandeirante da liberdade. Enfrentou cães e beliguins, esbirros e mastins. Nas praças carregava o respeito da população desarmada, enquanto era ignonimamente evitado por antigos companheiros, então dedicados à inglória tarefa de lamber a bota de plantão no centro do poder. Ulisses Guimarães não passará para o segundo turno. Mas nesse momento doloroso da nossa história, passou a encarnar sobranceiro e corajoso, a própria história e passou e encarnar também a própria sociedade civil na luta contra o autoritarismo e a exceção da ditadura.
Sob o comando desse Moisés moderno e brasileiro, a ditadura foi enterrada na lata de lixo da história. A mesma lixeira que guarda os traidores, o trânsfugas e os acovardados de toda espécie. Representando o anseio nacional por DIRETAS JÁ, Ulisses teve a grandeza de ceder o lugar a Tancredo Neves na campanha das eleições indiretas que este conquistara. Ulisses combateu o bom combate, guardou a espada.
A história, no entanto, nos reservou a morte de Tancredo Neves e a subida de seu vice. O patriarca da transição tomou então, em suas honradas mãos, a missão de chefiar a elaboração da lei. Ulisses Guimarães não passará para o segundo turno. Mas, com o destemor cívico e moral, conduziu o congresso nacional em um momento difícil, guardou a lei, quando os traidores de sempre, prostituíam o lema do doce São Francisco de Assis e reduziam o lema (É dando que se recebe) na senha dos mercadores rebutins, na linguagem da pilhagem, no dístico dos traficantes de despojos.
Com a chegada a fronteira, Ulisses Guimarães não atravessará o Jordão como o chefe do povo que libertou, candidato a presidente novamente, foi traído pelos bajuladores de ontem, pelos covardes de sempre: o peito que manteve a chama da esperança também abrigou víbora. É o destino dos heróis, é o fardo dos gigantes, é a sina dos profetas. Ulisses Guimarães não chegará ao segundo turno. Mas este povo, ganhe quem ganhar as eleições, tudo fará para impedir qualquer manobra que viole a lei, que arranhe o estado de direito, que permita o casuísmo, que ameace as liberdades democráticas.
Alguém já lamentou a pátria que não precisa de heróis. Mas triste é a pátria que não possui um Ulisses Guimarães entre seus filhos.
Ulisses Guimarães morreu. O mar o quis somente para si, Eternamente.

ULYSSES GUIMARÃES UM GRANDE POLÍTICO E DE UM GRANDE PARTIDO POLÍTICO PMDB

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Nota: Para outros significados de Ulisses Guimarães, ver Ulisses Guimarães (desambiguação).

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Ulysses Guimarães
Ulysses Guimarães
Presidente da Câmara dos Deputados
Mandato:
1956/1958
e 1985/1989
Precedido por:
Flores da Cunha
Flávio Marcílio
Sucedido por:
Ranieri Mazzilli
Antônio Pais de Andrade
Ministro da Indústria e Comércio do Brasil
Mandato:
1961
até 1962
Precedido por:
Artur Bernardes Filho
Sucedido por:
Otávio Augusto Dias Carneiro
Nascimento:
6 de outubro de 1916
(Rio Claro, SP, Brasil Brasil
Falecimento:
12 de outubro de 1992 (76 anos)
Angra dos Reis, RJ
Partido:
PSD/MDB/PMDB
Profissão:
Advogado
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Ulysses Silveira Guimarães (Itirapina,[1] 6 de outubro de 1916 - Angra dos Reis, 12 de outubro de 1992) foi um político brasileiro que teve grande papel na oposição à ditadura militar e na luta pela redemocratização do Brasil. Faleceu em um acidente aéreo de helicóptero no litoral ao largo de Angra dos Reis.







[editar] Biografia

Nasceu na vila de Itaqueri da Serra, hoje distrito do município de Itirapina, que na época era parte do município de Rio Claro, no interior de São Paulo.
Teve uma vida acadêmica ativa, participando do Centro Acadêmico XI de Agosto e exercendo a vice-presidência da União Nacional de Estudantes (UNE). Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
Foi professor durante vários anos na Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, onde veio a se tornar professor titular de Direito Internacional Público. Lecionou ainda Direito Municipal na Faculdade de Direito de Itu, e Direito Constitucional na Faculdade de Direito de Bauru.
Exerceu profissionalmente a advocacia, especializando-se em Direito Tributário.
No Santos Futebol Clube, Ulysses Guimarães se associou em 10 de janeiro de 1941. Em 1942, foi nomeado diretor-presidente da subsede em São Paulo do clube, cargo que voltou a ocupar em 1945.
Em 1944, foi eleito vice-presidente do clube na gestão do doutor Antônio Ezequiel Feliciano da Silva. Por anos defendeu os interesses do clube na Câmara dos Deputados e em Brasília ao lado de outros santistas ilustres como Mário Covas e Aloizio Mercadante.
Foi eleito deputado estadual, por São Paulo, à Constituinte de 1947, na legenda do Partido Social Democrático (PSD). A partir deste momento, não deixaria mais a política, elegendo-se deputado federal pelo Estado, por onze mandatos consecutivos, de 1951 a 1995 (não tendo terminado o último mandato). O primeiro discurso político ocorreu na década de 1940, à sombra de uma centenária figueira (até hoje frondosa e exuberante) no Distrito de Itaqueri da Serra, município de Itirapina, Estado de São Paulo, sua verdadeira terra natal, já que na época do nascimento todas as pessoas lá nascidas eram registradas em Rio Claro, que era então a sede do município. Ainda hoje, ao chegarmos em Itaqueri da Serra, deparamo-nos com diversos parentes e inesquecíveis histórias do Dr. Ulysses, como era carinhosamente chamado.
Assumiu a pasta do Ministério da Indústria e Comércio no gabinete Tancredo Neves, durante a curta experiência parlamentarista brasileira (1961-1962).
Apoiou, inicialmente, o movimento militar que, em 1964, depôs o presidente João Goulart, mas logo passou à oposição. Com a instauração do bipartidarismo (1965), filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), do qual seria vice-presidente e, depois, presidente.
Foi presidente do Parlamento Latino-Americano, de 1967 a 1970.
Em 1973, lançou sua anticandidatura simbólica à Presidência da República como forma de repúdio ao regime militar, tendo como vice o jornalista e ex-governador de Pernambuco, Barbosa Lima Sobrinho.
Em 29 de novembro de 1976, no Plenário Tiradentes da Assembleia Legislativa de São Paulo, fundou a O.P.B. - Ordem dos Parlamentares do Brasil, uma Associação de Classe, sem vínculos partidários, religiosos ou sociais, da qual é Patrono.
À frente do partido, participou de todas as campanhas pelo retorno do país à democracia, inclusive a luta pela anistia ampla, geral e irrestrita. Com o fim do bipartidarismo (1979), o MDB converteu-se em Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do qual seria presidente nacional.
Junto com Tancredo Neves, Orestes Quércia e Franco Montoro, Ulysses liderou novas campanhas pela redemocratização, como a das eleições diretas, popularmente conhecidas pelo slogan: Diretas Já


Foto: Revista Veja
.
Ulysses Guimarães quase foi o candidato a presidente da República em 1985 pelo PMDB, quando as eleições foram realizadas no colégio eleitoral. As articulações políticas da época acabram levando à eleição de uma chapa "mista", com Tancredo Neves como candidato a presidente pelo PMDB e o candidato a vice José Sarney, ex-PDS/Frente Liberal.
Exerceu a presidência da Câmara dos Deputados em três períodos (1956-1957, 1985-1986 e 1987-1988); presidindo a Assembléia Nacional Constituinte, em 1987-1988. A nova Constituição, na qual Ulysses teve papel fundamental, foi promulgada em 5 de Outubro de 1988, tendo sido por ele chamada de Constituição Cidadã, pelos avanços sociais que incorporou no texto.
No ano de 1986, esteve pela última vez em Itaqueri da Serra, inaugurando o asfaltamento da rodovia vicinal que leva o nome, ligando as cidades de Itirapina à São Pedro, prestigiando pessoalmente aquela conquista, um objetivo do então prefeito de Itirapina, João Gobbo e da então vereadora Maria Ângela de Oliveira Leite.
Como presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses era o substituto do Presidente Sarney e assumiu várias vezes a presidência, sendo o primeiro paulista a fazê-lo desde que Ranieri Mazzilli assumira a presidência em 1964.
Devido à sua grande popularidade, candidatou-se à Presidência da República, na sigla do PMDB, nas eleições de 1989.
Faleceu em acidente aéreo de helicóptero, ao largo de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, em 12 de outubro de 1992, junto à esposa D. Mora, o senador Severo Gomes, a esposa deste e o piloto. O corpo de Ulysses foi o único que nunca foi encontrado.

LUIZ CARLOS PRESTES- PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO



Foto de Luís Carlos Prestes, tirada durante a sua visita à Alemanha, em dezembro de 1959.

LUIZ CARLOS PRESTES- PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO

Formação e início de carreira

Prestes formou-se pela Escola Militar do Realengo no Rio de Janeiro, em 1919, atual Academia Militar das Agulhas Negras, na Arma de Engenharia. Foi engenheiro ferroviário na Companhia Ferroviária de Deodoro, como tenente, até ser transferido para o Rio Grande do Sul.

[editar] O início do movimento rebelde

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Em outubro de 1924, já capitão, Luís Carlos Prestes liderou um grupo de rebeldes na região missioneira Rio Grande do Sul, saiu de Santo Ângelo, e se dirigiu para São Luiz Gonzaga onde permaneceu por dois meses aguardando munições do Paraná, que não vieram. Aos poucos foi formando o seu grupo de comandados que vieram de várias partes da região. Rompendo o famoso "Anel de ferro" propagado pelos governistas, rumou com sua recem formada coluna para o norte até Foz do Iguaçu. Na região sudoeste do estado do Paraná, o grupo se encontrou e juntou-se aos paulistas, formando o contingente rebelde chamado de Coluna Miguel Costa-Prestes, com 1500 homens, que percorreu por dois anos e cinco meses 25.000 km. Em toda esta volta, as baixas foram em torno de 750 homens devido à cólera, à impossibilidade de prosseguir por causa do cansaço e dos poucos cavalos que tinham, e ainda poucos homens que morreram em combate.

[editar] Os estudos na Bolívia e na União Soviética

Prestes, apelidado de "Cavaleiro da Esperança", passa a estudar marxismo na Bolívia, para onde havia se transferido no final de 1928,quando a maioria da Coluna Miguel Costa-Preste haviam se exilados. Lá travava contato com os comunistas argentinos Rodolfo Ghioldi e Abraham Guralski, este último dirigente da Internacional Comunista (IC).
Em 1930 retorna clandestinamente a Porto Alegre onde chega a ter dois encontros com Getúlio Vargas. Convidado a comandar militarmente a Revolução de 30, recusa-se a apoiar ao movimento, colocando-se contra a aliança entre os tenentistas e as oligarquias dissidentes.
A convite da União Soviética, em 1931 passa a morar naquele país, trabalhando como engenheiro e dedicando-se aos estudos marxistas-leninistas. Por pressão do Partido Comunista da União Soviética, é - em agosto de 1934 - finalmente aceito pelo PCB em seus quadros.
Sendo eleito membro da comissão executiva da Internacional Comunista, volta como clandestino ao Brasil em dezembro de 1934, acompanhado pela alemã Olga Benário, também membro da IC. Seu objetivo era liderar uma revolução armada no Brasil, decidido em Moscou.

[editar] O comando da ANL e a deportação de Olga

No Brasil, Prestes encontra o recém constituído movimento Aliança Nacional Libertadora (ANL), de cunho antifascista e antiimperialista, que congregava tenentes, socialistas e comunistas descontentes com o Governo Vargas. Mesmo clandestino, o Cavaleiro da Esperança é calorosamente aclamado presidente de honra da ANL em sua sessão inaugural no Rio de Janeiro.
Prestes procura então aliar o enorme crescimento da ANL, com a retomada de antigos contatos no meio militar para criar as bases que julgava capazes de deflagrar a tomada do poder no Brasil. Em julho de 1935 divulga um manifesto exigindo "todo o poder" à ANL e a derrubada do governo Vargas.
Vargas aproveita a oportunidade e declara a ANL ilegal, o que não impede Prestes de continuar a organizar o que acabou por ficar conhecido como a Intentona Comunista.
Em novembro eclode a insurreição nas guarnições do exército de Natal, Recife e Rio de Janeiro (então Distrito Federal), mas é debelada por Vargas, que desencadeia um violento processo de repressão e prisões.
Suspeitou-se que uma moça chamada Elvira Cupelo Colônio. Mais conhecida como "Elza Fernandes", a jovem, que namorava o então Secretário-Geral do Partido Comunista do Brasil (PCB), Antonio Maciel Bonfim, o "Miranda", estaria delatando os companheiros à polícia. Considerada uma ameaça naquela circunstância, uma vez que, sob tortura, poderia entregar diversos companheiros à prisão e à tortura, a jovem foi condenada à morte pelo "tribunal vermelho".
Como um dos membros do tribunal opôs-se à condenação, Prestes escreveu uma carta célebre aos correligionários: Fui dolorosamente surpreendido pela falta de resolução e vacilação de vocês. Assim não se pode dirigir o Partido do Proletariado, da classe revolucionária." ... "Por que modificar a decisão a respeito da "garota"? Que tem a ver uma coisa com a outra? Há ou não há traição por parte dela? É ou não é ela perigosíssima ao Partido...?" ... "Com plena consciência de minha responsabilidade, desde os primeiros instantes tenho dado a vocês minha opinião quanto ao que fazer com ela. Em minha carta de 16, sou categórico e nada mais tenho a acrescentar..." ... "Uma tal linguagem não é digna dos chefes do nosso Partido, porque é a linguagem dos medrosos, incapazes de uma decisão, temerosos ante a responsabilidade. Ou bem que vocês concordam com as medidas extremas e neste caso já as deviam ter resolutamente posto em prática, ou então discordam mas não defendem como devem tal opinião."
Alguns dias depois Elvira Colônio foi estrangulada com uma corda, em uma casa da Rua Mauá Bastos, Nº 48-A, na Estrada do Camboatá. O corpo foi enterrado no quintal da casa.
Em março de 1936, Prestes é preso, perde a patente de capitão e inicia uma pena de prisão que durará nove anos. Sua companheira Olga Benário, grávida, é deportada e morre na câmara de gás no campo de concentração nazista Ravensbrück. A criança, Anita Leocádia Prestes, nasceu em uma prisão na Alemanha, mas foi resgatada pela mãe de Prestes, após intensa campanha internacional.[1]

[editar] O fim do Estado Novo, anistia, e a volta à clandestinidade

Com o fim do Estado Novo, Prestes foi anistiado, elegendo-se Senador.
Assumiu a secretaria geral do PCB. O registro do partido foi cassado, e novamente Prestes foi perseguido e voltou à clandestinidade.
Na Assembléia Constituinte de 1946, Prestes liderava a bancada comunista de 14 deputados composta por, entre outros, Jorge Amado, eleito pelos paulistas, Carlos Marighela, pelos baianos, João Amazonas, o mais votado do país, escolha de 18.379 eleitores do Rio, e o sindicalista Claudino Silva, único constituinte negro, também eleito pelo Rio.
Durante a Constituinte, Prestes fechou questão, a favor da emenda nº 3.165, de autoria do deputado carioca Miguel Couto Filho, tal emenda dizia: “É proibida a entrada no país de imigrantes japoneses de qualquer idade e de qualquer procedência”.[2]
Em 1951, conheceu sua segunda companheira, a pernambucana Maria, que passa a se chamar Maria Prestes. Maria era mãe de dois meninos, Pedro e Paulo. Da união com Prestes nasceram outros sete filhos: Antonio João, Rosa, Ermelinda, Luiz Carlos, Zoia, Mariana e Yuri. Prestes e Maria viveram juntos por 40 anos, até a morte de Prestes.
Em 1958, Prestes teve sua prisão decretada, porém foi revogada por mandato judicial. ...

[editar] Regime militar

Após o movimento de 1964, com o AI-1, teve seus direitos de cidadão novamente revogados por dez anos. Perseguido pela polícia, conseguiu fugir, mas esta encontrou em sua casa uma série de cadernetas suas, que deram base a inquéritos e processos, como o que condenou Giocondo Dias.
Exilou-se na União Soviética no final dos Anos 60, regressando ao Brasil devido à Anistia de 1979.
Os membros do PCB que também voltavam do exílio após o regime militar, de orientação eurocomunista, e que se tornaram maioria no Comitê Central do Partido, não mais aceitaram suas orientações, por considerarem-nas retrógradas, rígidas demais e pouco adaptadas aos tempos de então. Destituíram-no da liderança do PCB. Por divergências com o comitê central do partido, lança a Carta aos Comunistas, em que defende uma política de maior enfrentamento ao regime e uma reconstrução do movimento comunista no país. Em 1982, conjuntamente a vários militantes, sai do PCB,ingressando no PDT. Milita em diversas causas, como o não pagamento da dívida externa latino-americana e pela eleição de Leonel Brizola em 1989.

[editar] Representações na cultura

Luís Carlos Prestes já foi retratado como personagem no cinema e na televisão. No cinema, o filme "O País dos Tenentes" (João Batista de Andrade/1987)onde LCP é interpretado por Cassiano Ricardo, que depois o representou também na novela Kananga do Japão (1989) e Caco Ciocler no filme Olga (2004).
Em 1997, foi lançado o documentário Prestes, o cavaleiro da esperança e em 1998, no ano do centenário de seu nascimento, a escola de samba Acadêmicos do Grande Rio o homenageou em seu desfile no grupo especial do carnaval do Rio de janeiro com enredo Cavaleiro da Esperança, obtendo o 8° posto.
O cantor e compositor Taiguara, que foi um grande amigo e seguidor de Prestes, fez a canção Cavaleiro da Esperança em sua homenagem, assim como a banda pernambucana Subversivos também fez uma canção em sua homenagem com o mesmo nome.
Jorge Amado em prosa e verso retrata a saga da coluna Prestes em seu livro O Cavaleiro da Esperança, publicado em 1944.
O poeta comunista chileno Pablo Neruda em seu livro mais aclamado, Canto Geral (obra que remonta a história da América Latina do ponto de vista dos "povos explorados"), dedicou um poema a Luís Carlos Prestes. Nele, Prestes é chamado por Neruda de "claro capitão". O poema foi lido diante de 130 mil pessoas, em visita ao Brasil do poeta comunista no ano de 1945, no estádio do Pacaembu: "Quantas coisas quisera hoje dizer, brasileiros.